O que de você está em mim, pulsa em mim com cada
batida do coração. Escorre esse sentimento por cada veia, vaza esse desejo em
cada poro. Porque tudo é você. O personagem da novela que tem o seu nome, a
notícia no jornal sobre a sua cidade, sua banda favorita que eu aprendi a
adorar, o imperativo que de tanto você repetir passei a usar. E até quem sabe
que o “nós” existiu entre a gente, sem querer, inventa maneiras de te trazer a
tona. Só isso basta para me aborrecer. Por que sempre que eu estou fechando a
porta você coloca o pé para entrar? Nós tivemos uma história curta daquelas que
se lembra pro resto da vida, mas estar com você era tão solitário, às vezes. E
chegou um momento, eu estava mesmo vivendo tudo sozinha. Bem, não havia outra
escolha senão me dar a preferência. E ainda esperei você mudar de idéia, uma
vez que a prioridade era toda sua. Até hoje me pergunto o porquê de não te
deixar morrer em mim. É algo que está preso nas minhas necessidades e extrapola
a minha força de vontade. Certamente, você se transformou em um desses assuntos
inacabados do qual só o esgotamento natural me faria sentir completa. Então,
quem sabe mais tarde você resolve me levar a sério e reaver a melhor parte de
mim. Ou não. Não vou me descabelar porque você não me quer, mas estou pensando
desesperadamente em me abandonar por uns tempos. Pelo menos, até você passar.
f.
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