9 de jan. de 2017

Há tempo de perder. Há tempo de superar

Reconhece a queda e não desanima
Levanta, sacode a poeira
E dá a volta por cima
- Paulo Vanzolini



Eu entendo. Seu horizonte escureceu como um apagão repentino que rouba a rotina: as possibilidades de passar o tempo se tornam escassas e é preciso esperar a luz voltar.  Mas, ela está demorando dessa vez, não é? Suas esperanças estão desabando. Como um trator rolando por cima do seu coração, ele está sendo esmagado pelo breu, com um loop infinito. Suas convicções foram anuladas pela quebra de expectativa e está difícil sair do lugar sem o horror de cair em um vazio mais fundo e escuro do que o que você já se meteu. Eu entendo. Está penoso levantar da cama. Cada pensamento dói na proporção de mil decibéis. A agonia não quer sair do peito, nem vomitada. Você duvida da sua capacidade de sorrir, comer e até respirar. Os dias passam arrastados e desbotados. Eu sei, o corpo ainda está dormente. É duro acreditar de novo. É frustrante ter que rasgar a lista de sonhos que não servem mais para compor uma nova. A gente se apega ao que conquista, não é? Parece que as bilhões de outras escolhas se extinguem quando adotamos uma. A verdade é que a gente se acomoda. É conveniente lidar com o que já conhecemos. Temos medo de dar o próximo passo no escuro. Mas, é algo que, às vezes, precisa ser feito. Como você pretende achar o interruptor estagnada no mesmo lugar? Não precisa se culpar pelo que aconteceu, não acredite em tudo o que os outros dizem, ninguém sabe o que se passa aí dentro. Neste exato momento, nem você. E é esta a sua grande oportunidade de se encontrar de novo, ou pela primeira vez.

f. 

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