27 de abr. de 2010

Para você aí do outro lado... *


Talvez esta seja a minha maior, melhor loucura.
Talvez eu me arrependa disso que estou prestes a desabafar.
Ou talvez eu esteja idealizando demais, sonhando demais, sentindo demais.
As pessoas costumam ser céticas quando se trata disso.
Até mesmo você.
Até mesmo eu.
Acho que faz parte de todo o processo.
Mas até mesmo quando as coisas não parecem ter lógica, eu prefiro seguir em frente.
Chegar até você, se possível.
Mas não é.
Ainda não.
Não por completo.
Não importa!
Ainda que a conexão seja encerrada, você persiste nas horas, em cada hora.
Amo a sensação que é você.
É como andar no escuro.
Tocar no abstrato.
É viciante.
É [in] constante.
E sei que um dos dois, ou ambos, pode um dia cansar, desistir, abandonar.
E daí?
Risco e beleza correm juntos.
Talvez, futuramente, você possa não ser o que eu preciso e eu vá descobrir com o tempo...

[Ei, você aí do outro lado da tela, da cidade, do país!
Tá prestando atenção no que eu tô falando, não está?
Eu espero que sim.]

Porque talvez amanhã tudo mude, não sei.
E quem liga??
Eu vivo o hoje.

E hoje, eu escolho você.

f.

*para ler todo dia 

 
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Aonde está você agora
Além de aqui dentro de mim?


Dado Villa Lobos

24 de abr. de 2010

Tic-Tac

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Correr, correr, correr. Não chegar a lugar algum. A paisagem continua a mesma. Estática. Tic-tac. Tic-tac. Sinto movimento, mas não vejo mudança. Tic-tac. Para onde ir? Todos os caminhos só me levam a um destino: lugar nenhum. Aquela pedra, já a vi antes. Aquela árvore, já estava ali ontem. Ninguém à vista. O que? Aquela montanha... Não, não. É apenas a posição do sol. Andar, andar, andar em círculos. Andar pra trás. Cansaço. Mas não posso parar. A chuva que cai logo seca. O vento que sopra simultaneamente toma seu rumo. Ficam a solidão e a esperança. Brigam entre si. Quem ganhará o posto de minha melhor amiga? Silêncio. Tic-tac-tic. O tempo que não volta. Tic-tac. Agora é o mesmo que me sussurra ao ouvido: "Também é preciso saber parar, esperar, observar e seguir outros caminhos além dos que já foram trilhados". Então parei. Sentei naquela pedra debaixo da sombra daquela árvore. E onde o sol se punha, por detrás daquela montanha, percebi que era pra onde eu tinha que ir.
f.

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