30 de jan. de 2011

Chega!



É isso aí. Cansei das suas ausências e dissimulações. Das flores, beijos e elogios em um dia. E do nada que vem no seguinte. E tô cansada também desta estúpida espera e expectativas que conservo em vão. As promessas que atravessam todo o desespero e desafinam em palavras ocas e distorcidas. Com você nunca é uma coisa só. Você é sempre plural. Eu só me sinto assim com você. E é injusto que seja assim. Eu me entregando, você pelas margens. Me jogo numa espécie de simbiose unilateral, me coloco indefesa em suas mãos, perdôo suas contradições e me satisfaço com migalhas de atenção. Daí você tira férias de mim, sempre súbitas e extensas. Me deixa em abstinência e volta com aquele sorriso cínico. E pela milésima vez eu anuncio silenciosamente que é a última que deixo você voltar. E pela milésima vez eu renuncio ao meu orgulho, ou seria amor-próprio? Whatever! Depois de tantas tentativas frustradas eu entendo que é você no controle, e detesto você no controle. E detesto mais ainda pensar que pior seria não ter você em parte alguma. Por isso, chega! Chega mais, meu amor, mais perto. Enquanto não sou borboleta, me contento em ser crisálida.

f.

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