24 de abr. de 2010

Tic-Tac

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Correr, correr, correr. Não chegar a lugar algum. A paisagem continua a mesma. Estática. Tic-tac. Tic-tac. Sinto movimento, mas não vejo mudança. Tic-tac. Para onde ir? Todos os caminhos só me levam a um destino: lugar nenhum. Aquela pedra, já a vi antes. Aquela árvore, já estava ali ontem. Ninguém à vista. O que? Aquela montanha... Não, não. É apenas a posição do sol. Andar, andar, andar em círculos. Andar pra trás. Cansaço. Mas não posso parar. A chuva que cai logo seca. O vento que sopra simultaneamente toma seu rumo. Ficam a solidão e a esperança. Brigam entre si. Quem ganhará o posto de minha melhor amiga? Silêncio. Tic-tac-tic. O tempo que não volta. Tic-tac. Agora é o mesmo que me sussurra ao ouvido: "Também é preciso saber parar, esperar, observar e seguir outros caminhos além dos que já foram trilhados". Então parei. Sentei naquela pedra debaixo da sombra daquela árvore. E onde o sol se punha, por detrás daquela montanha, percebi que era pra onde eu tinha que ir.
f.

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